quinta-feira, 19 de abril de 2007

PS quer consenso para reestruturar empresas municipais

O vereador do PS, Rui Paulo Figueiredo, enviou uma carta a toda a vereação para propor uma reestruturação do universo empresarial da autarquia, apelando a uma «reflexão aberta, conjunta e integrada». Ao que o SOL apurou, o Bloco de Esquerda foi a primeira força política a responder ao apelo, tendo já sido realizadas reuniões entre bloquistas e socialistas.

Os socialistas da Câmara de Lisboa querem avançar para uma proposta de reestruturação das empresas municipais que reúna o maior consenso na vereação.
Nesse sentido, o vereador Rui Paulo Figueiredo enviou já uma carta ao PCP, PSD, BE e CDS, apelando a uma «reflexão aberta, conjunta e integrada». No documento a que o SOL teve acesso, o socialista propõe não só «a adopção de um conjunto de princípios de bom governo mas também de soluções concretas para cada uma das empresas que o compõem».
Os primeiros a responder ao apelo foram, ao que o SOL apurou, os bloquistas, que já encetaram contactos com o PS, no sentido de chegar a uma proposta conjunta para as empresas municipais.
«É nossa intenção contribuir para a reflexão colectiva que temos vindo a fazer, mas também recolher contributos para as propostas que já apresentámos», explica Rui Paulo Figueiredo.
Avançando algumas medidas, a carta enviada aos vereadores é acompanhada por dois memorandos: um sobre a EPUL e outro, mais genérico, sobre o conjunto do universo empresarial da autarquia.
Para os socialistas, a estrutura actual das empresas municipais de Lisboa gera «uma duplicação de funções entre as empresas municipais e as Direcções Municipais inseridas na orgânica da CML», havendo «redundâncias» entre as atribuições das próprias empresas. É dentro desta lógica que o PS defende a extinção da EGEAC (Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural), bem como da EMARLIS (Empresa Municipal de Águas Residuais de Lisboa) e da LX- Desporto (Empresa de Gestão de Equipamentos Desportivos).
Na EPUL, os socialistas propõem a extinção das empresas participadas – GF e Imohífen -, e uma «avaliação das suas estruturas não produtivas», assegurando a empresa a o desenvolvimento de actividades como «urbanizador, promotor e construtor». De acordo com esta proposta, para a EPUL passarão ainda as competências da GEBALIS, no que toca à gestão dos bairros municipais.
Para o PS, a Empresa de Urbanização de Lisboa tem uma estrutura hierárquica demasiado pesada e pouco eficiente que deverá ser repensada e aligeirada.


Margarida Davim
In Sol, 19.04.2007

1 comentário:

Anónimo disse...

Lamentável o comportamento de Paula Teixeira da Cruz.