O vereador socialista na Câmara de Lisboa Rui Paulo Figueiredo apelou esta quinta-feira ao líder do PSD para intervir na resolução da «crise institucional criada pelo vereador Lipari Pinto» na Gebalis, empresa que gere os bairros municipais, escreve a Lusa.
«Achamos que o doutor Marques Mendes também tem de pôr cobro a esta situação», disse Rui Paulo Figueiredo aos jornalistas após ter sido recebido, com o vereador Dias Baptista, pelo conselho de administração da Gebalis.
Os vereadores socialistas reiteraram o apelo ao presidente da Câmara, Carmona Rodrigues (PSD), para retirar a tutela da Gebalis ao vereador social-democrata Sérgio Lipari Pinto.
Segundo Rui Paulo Figueiredo, «a Câmara e as empresas municipais não servem para ajustes de contas internos» da maioria social-democrata que governa a autarquia lisboeta.
«A crise institucional gerada pelo vereador Lipari Pinto coloca um problema complicado à Gebalis. Começa a ser colocada em causa a existência desta empresa», disse, por seu turno, o vereador Dias Baptista.
Dias Baptista sublinhou que o relatório e contas de 2006 da Gebalis, que Lipari Pinto afirmou não querer votar na última segunda- feira por o considerar pouco rigoroso, é «um relatório credível».
«É um relatório que foi certificado por uma oficial de contas. É fidedigno e de confiança», acrescentou.
De acordo com o vereador, é um documento que reflecte «um ano de actividade em termos de recuperação das dificuldades que a empresa tinha».
Dias Baptista sublinhou que as dificuldades financeiras da empresa remontam a 2004 quando lhe foi entregue a gestão de mais 35 bairros, ficando com 70 bairros municipais a seu cargo.
«Só nesse ano a Gebalis teve uma intervenção em termos de património de 24 milhões de euros», referiu.
Rui Paulo Figueiredo considerou que «este conselho de administração e a vereadora Maria José Nogueira Pinto tinham uma estratégia e este relatório acaba por comprovar a consolidação desta estratégia».
«A operação de titularização [das rendas da Gebalis] está a ser afectada pela instabilidade que tem sido criada pela maioria», afirmou, acrescentando que apenas uma entidade bancária está disponível para a realizar.
Dias Baptista frisou que «se não houver esta operação, a Gebalis fica numa situação irreversível».
«O vereador Sérgio Lipari Pinto não tem condições para manter a tutela, isto é claro para toda a Câmara», reiterou.
In Portugal Diário, 19.04.20007
Leia mais aqui e aqui.
«Achamos que o doutor Marques Mendes também tem de pôr cobro a esta situação», disse Rui Paulo Figueiredo aos jornalistas após ter sido recebido, com o vereador Dias Baptista, pelo conselho de administração da Gebalis.
Os vereadores socialistas reiteraram o apelo ao presidente da Câmara, Carmona Rodrigues (PSD), para retirar a tutela da Gebalis ao vereador social-democrata Sérgio Lipari Pinto.
Segundo Rui Paulo Figueiredo, «a Câmara e as empresas municipais não servem para ajustes de contas internos» da maioria social-democrata que governa a autarquia lisboeta.
«A crise institucional gerada pelo vereador Lipari Pinto coloca um problema complicado à Gebalis. Começa a ser colocada em causa a existência desta empresa», disse, por seu turno, o vereador Dias Baptista.
Dias Baptista sublinhou que o relatório e contas de 2006 da Gebalis, que Lipari Pinto afirmou não querer votar na última segunda- feira por o considerar pouco rigoroso, é «um relatório credível».
«É um relatório que foi certificado por uma oficial de contas. É fidedigno e de confiança», acrescentou.
De acordo com o vereador, é um documento que reflecte «um ano de actividade em termos de recuperação das dificuldades que a empresa tinha».
Dias Baptista sublinhou que as dificuldades financeiras da empresa remontam a 2004 quando lhe foi entregue a gestão de mais 35 bairros, ficando com 70 bairros municipais a seu cargo.
«Só nesse ano a Gebalis teve uma intervenção em termos de património de 24 milhões de euros», referiu.
Rui Paulo Figueiredo considerou que «este conselho de administração e a vereadora Maria José Nogueira Pinto tinham uma estratégia e este relatório acaba por comprovar a consolidação desta estratégia».
«A operação de titularização [das rendas da Gebalis] está a ser afectada pela instabilidade que tem sido criada pela maioria», afirmou, acrescentando que apenas uma entidade bancária está disponível para a realizar.
Dias Baptista frisou que «se não houver esta operação, a Gebalis fica numa situação irreversível».
«O vereador Sérgio Lipari Pinto não tem condições para manter a tutela, isto é claro para toda a Câmara», reiterou.
In Portugal Diário, 19.04.20007
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1 comentário:
Caro Rui Paulo Figueiredo
Embora não seja vosso correligionário e lamente muitos dos incidentes protagonizados pelos vereadores do PS neste mandato autárquico, tenho de manifestar o meu apreço pela forma como o PS se tem comportado relativamente ao tema em apreço que reflecte, na minha opinião, aquilo que de pior se faz na política em Portugal.
Neste caso, não estamos sequer em presença de uma divergência de carácter político ou até partidário: é puramente uma questão de ajustes de contas pessoais, o que é inadmissível numa democracia que se pretende evoluída.
A incapacidade do vereador Lipari Pinto já era por demais evidente na calamitosa gestão das escolas do concelho. Deixar que ele vandalize os serviços camarários, demitindo quadros experientes para os substituir por pessoas mais permeáveis à sua influência (veja-se notícia divulgada no "Público" de ontem) ou achincalhe conselhos de administração de empresas municipais em função de interesses pessoais como tem feito na Gebalis, revela uma falta de decoro e uma noção de impunidade que o eleitorado não deixará, espero eu, de valorar adequadamente.
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