Naquele que é, certamente, o blogue mais dinâmico da política lisboeta (e uma referência na blogosfera dedicada a temas políticos) um simples comentário político (com o qual se pode concordar ou discordar – e do qual naturalmente discordo) a duas posições dos Vereadores eleitos pelo PS produziu “excitações” consideráveis em forma de comentários. Sobre o tema importa clarificar algumas ideias.
Os líderes do PSD nacional e distrital, Marques Mendes e Paula Teixeira da Cruz, têm tido uma influência nefasta na gestão da CML.
Por sua acção (e com o patrocínio, apoio, beneplácito, resignação, etc. de Carmona Rodrigues e da Vereação PSD) aumentou, e muito, a lista de assessores oriundos das estruturas partidárias do PSD e da JSD e de Câmaras anteriormente lideradas pelo partido, vide recentes notícias.
Do mesmo modo, através da sua interferência directa, a CML tem sido palco de vetos políticos a nomeações, ajustes de contas pessoais e políticos entre as diferentes facções do Partido, indicações directas do líder para cargos em empresas municipais, vetos de gaveta a projectos importantes para a cidade, indicação de comissários políticos para realização de pseudo auditorias independentes e dissolução de coligações, entre muitos outros exemplos que poderia focar.
Face ao exposto, na imprensa, não há dúvidas das intromissões frequentes de Marques Mendes e Paula Teixeira da Cruz na Câmara de Lisboa. O modo submisso como Carmona Rodrigues se comporta perante isso revela aquilo que muitos jornalistas e comentadores já escreveram: Lisboa é dirigida a partir da São Caetano à Lapa. A actuação lamentável do Vereador Lipari Pinto e a cobertura que lhe tem sido dada releva apenas que são mais importantes, para estes dois dirigentes, meia dúzia de votos arrebanhados nos bairros municipais do que Lisboa e os lisboetas. Talvez porque venham aí as eleições no PSD …
Este comportamento político é inaceitável e constitui algo de deplorável uma vez que a Câmara e as empresas municipais não servem para ajustes de contas internos da maioria social-democrata que governa a autarquia lisboeta – é o que temos vindo a dizer.
No entanto, os factos ocorridos na última reunião da CML superaram tudo o que até aqui tinha sido visto em termos de comportamento individual de alguém que tutela uma empresa municipal. E é tempo de parar com a brincadeira! Pelos vistos, Paula Teixeira da Cruz não o entende porque apoia o comportamento do referido Vereador.
Envergonhado com o que se passou mas manietado pela líder da distrital (e pelos seus apoiantes na Vereação) o Presidente da CML tentou adiar a reunião de Câmara (adiando o problema) e parece incapaz de retirar a Gebalis da tutela de Sérgio Lipari – como se exige. Acredito que o queira fazer.
É neste contexto, em que o PSD se “estilhaça” entre os Mendistas, os Carmonistas/Independentes e os Paulistas, que importa colocar ordem na casa. Daí o apelo à intervenção de Marques Mendes. O Presidente da CML está incapaz de o fazer. Paula Teixeira da Cruz tomou partido pelos votos que lhe permitiram ganhar a distrital de Lisboa. Sobra o líder do partido. E porque deve ele intervir? Porque é o principal responsável por este estado de coisas e porque Lisboa não merece isto.
De facto, Marques Mendes criou este problema à cidade. Através da escolha, da interferência permanente, dos vetos, das cunhas, das colocações, do apadrinhar de comissários políticos que fazem auditorias encomendadas. Lisboa, como disse a Vereadora Maria José Nogueira Pinto, tem sido o “quarto de brinquedos do PSD” e do seu líder. E cabe a quem cria estes problemas procurar resolvê-los. Cabe a Marques Mendes resolver o problema pois a quem cabia inicialmente ele paralisou politicamente.
Naturalmente que a sua interferência é negativa. Mas, neste contexto, só ele pode resolver esta situação – o que atenuaria o mal que tem feito a Lisboa. Francamente, não acredito que o faça. Interessa-lhe mais defender o colaborador Themudo Barata e o Vereador Sérgio Lipari do que defender Lisboa. Caberá à oposição resolver o problema.
Importa também deixar claro que não me impressionam minimamente qualquer tipo de referências veladas a investigações à Gebalis e a outras empresas municipais. Ou comentários do tipo: “o PS devia estar caladinho”.
Investigue-se tudo o que houver para investigar, tem sido e continuará a ser o meu lema. Outros possam dizer o mesmo! O PS, por mim e estou certo que por todos os meus colegas Vereadores, está na CML para ser oposição dura, leal e construtiva e assim deverá continuar. Habituem-se!
Rui Paulo Figueiredo
Os líderes do PSD nacional e distrital, Marques Mendes e Paula Teixeira da Cruz, têm tido uma influência nefasta na gestão da CML.
Por sua acção (e com o patrocínio, apoio, beneplácito, resignação, etc. de Carmona Rodrigues e da Vereação PSD) aumentou, e muito, a lista de assessores oriundos das estruturas partidárias do PSD e da JSD e de Câmaras anteriormente lideradas pelo partido, vide recentes notícias.
Do mesmo modo, através da sua interferência directa, a CML tem sido palco de vetos políticos a nomeações, ajustes de contas pessoais e políticos entre as diferentes facções do Partido, indicações directas do líder para cargos em empresas municipais, vetos de gaveta a projectos importantes para a cidade, indicação de comissários políticos para realização de pseudo auditorias independentes e dissolução de coligações, entre muitos outros exemplos que poderia focar.
Face ao exposto, na imprensa, não há dúvidas das intromissões frequentes de Marques Mendes e Paula Teixeira da Cruz na Câmara de Lisboa. O modo submisso como Carmona Rodrigues se comporta perante isso revela aquilo que muitos jornalistas e comentadores já escreveram: Lisboa é dirigida a partir da São Caetano à Lapa. A actuação lamentável do Vereador Lipari Pinto e a cobertura que lhe tem sido dada releva apenas que são mais importantes, para estes dois dirigentes, meia dúzia de votos arrebanhados nos bairros municipais do que Lisboa e os lisboetas. Talvez porque venham aí as eleições no PSD …
Este comportamento político é inaceitável e constitui algo de deplorável uma vez que a Câmara e as empresas municipais não servem para ajustes de contas internos da maioria social-democrata que governa a autarquia lisboeta – é o que temos vindo a dizer.
No entanto, os factos ocorridos na última reunião da CML superaram tudo o que até aqui tinha sido visto em termos de comportamento individual de alguém que tutela uma empresa municipal. E é tempo de parar com a brincadeira! Pelos vistos, Paula Teixeira da Cruz não o entende porque apoia o comportamento do referido Vereador.
Envergonhado com o que se passou mas manietado pela líder da distrital (e pelos seus apoiantes na Vereação) o Presidente da CML tentou adiar a reunião de Câmara (adiando o problema) e parece incapaz de retirar a Gebalis da tutela de Sérgio Lipari – como se exige. Acredito que o queira fazer.
É neste contexto, em que o PSD se “estilhaça” entre os Mendistas, os Carmonistas/Independentes e os Paulistas, que importa colocar ordem na casa. Daí o apelo à intervenção de Marques Mendes. O Presidente da CML está incapaz de o fazer. Paula Teixeira da Cruz tomou partido pelos votos que lhe permitiram ganhar a distrital de Lisboa. Sobra o líder do partido. E porque deve ele intervir? Porque é o principal responsável por este estado de coisas e porque Lisboa não merece isto.
De facto, Marques Mendes criou este problema à cidade. Através da escolha, da interferência permanente, dos vetos, das cunhas, das colocações, do apadrinhar de comissários políticos que fazem auditorias encomendadas. Lisboa, como disse a Vereadora Maria José Nogueira Pinto, tem sido o “quarto de brinquedos do PSD” e do seu líder. E cabe a quem cria estes problemas procurar resolvê-los. Cabe a Marques Mendes resolver o problema pois a quem cabia inicialmente ele paralisou politicamente.
Naturalmente que a sua interferência é negativa. Mas, neste contexto, só ele pode resolver esta situação – o que atenuaria o mal que tem feito a Lisboa. Francamente, não acredito que o faça. Interessa-lhe mais defender o colaborador Themudo Barata e o Vereador Sérgio Lipari do que defender Lisboa. Caberá à oposição resolver o problema.
Importa também deixar claro que não me impressionam minimamente qualquer tipo de referências veladas a investigações à Gebalis e a outras empresas municipais. Ou comentários do tipo: “o PS devia estar caladinho”.
Investigue-se tudo o que houver para investigar, tem sido e continuará a ser o meu lema. Outros possam dizer o mesmo! O PS, por mim e estou certo que por todos os meus colegas Vereadores, está na CML para ser oposição dura, leal e construtiva e assim deverá continuar. Habituem-se!
Rui Paulo Figueiredo
2 comentários:
Interessante seria saber quem são os Carmonistas, os Mendistas, os Paulistas e outros...
No fim veremos quem tinha razão e quem não tem medo das investigações do Ministério Público.
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