O antigo chefe de gabinete da ex-vereadora Helena Lopes da Costa acumulou durante vários meses, em 2005, as remunerações de alto quadro da empresa municipal Gebalis e de avençado do gabinete da autarca.
A contratação de Gonçalo Moita como prestador de serviços no gabinete da vereadora, bem como a sua entrada para a Gebalis, ocorreu uma semana antes de ter sido exonerado, a seu pedido, do lugar de chefe de gabinete.
Nomeado adjunto da vereadora da Habitação em Janeiro de 2003, o antigo professor de Filosofia assegurou as funções de chefe de gabinete até 26 de Janeiro de 2005, dia em que foi exonerado, a seu pedido, por Carmona Rodrigues. Nesse dia, porém , já tinha garantido a sua continuação em condições mais vantajosas: a 19 do mesmo mês tinha assinado um contrato de prestação de serviços com a vereadora de quem era chefe de gabinete, com uma remuneração bastante superior à que tinha, e a 21, tinha entrado para o quadro da Gebalis com a categoria B6, imediatamente abaixo da administração.
(…)
A sua contratação como prestador de serviços foi feita iniciativa de Lopes da Costa, por ajuste directo, sendo justificada na respectiva proposta com o facto de “a coordenação do gabinete” implicar “a existência de uma relação pessoal e profissional”.
A entrada para o quadro da Gebalis foi feita também por indicação da vereadora e actual deputada do PSD, que tutelava a empresa, embora o contrato tenha sido assinado pela então presidente do conselho de administração, Eduarda Rosa.
Três meses depois de ter iniciado o seu contrato como prestador de serviços, Moita rescindiu “amigavelmente” o contrato, uma vez que tomou posse, a 23 de Maio, como vogal da administração da SRU Oriental. O currículo que apresentou à câmara, aquando da aprovação da sua nomeação para a SRU, primeiro em 2005 e depois em 2006, após as últimas eleições, omite, todavia, a sua qualidade de funcionário da Gebalis.
Contactado pelo Público, garantiu que “nada de ilegal foi feito” e explicou que a avença foi paga durante três meses com uma decisão da vereadora. “Fui para a Gebalis para tratar do Bairro Padre Cruz, mas ela pediu-me para continuar a ajudá-la no gabinete e disse-me: vamos arranjar uma compensação.” E concluiu: “saiu-me praticamente do pêlo, nesses três meses praticamente não vi as minhas filhas.”
José António Cerejo
In Público, 22.03.2007
A contratação de Gonçalo Moita como prestador de serviços no gabinete da vereadora, bem como a sua entrada para a Gebalis, ocorreu uma semana antes de ter sido exonerado, a seu pedido, do lugar de chefe de gabinete.
Nomeado adjunto da vereadora da Habitação em Janeiro de 2003, o antigo professor de Filosofia assegurou as funções de chefe de gabinete até 26 de Janeiro de 2005, dia em que foi exonerado, a seu pedido, por Carmona Rodrigues. Nesse dia, porém , já tinha garantido a sua continuação em condições mais vantajosas: a 19 do mesmo mês tinha assinado um contrato de prestação de serviços com a vereadora de quem era chefe de gabinete, com uma remuneração bastante superior à que tinha, e a 21, tinha entrado para o quadro da Gebalis com a categoria B6, imediatamente abaixo da administração.
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A sua contratação como prestador de serviços foi feita iniciativa de Lopes da Costa, por ajuste directo, sendo justificada na respectiva proposta com o facto de “a coordenação do gabinete” implicar “a existência de uma relação pessoal e profissional”.
A entrada para o quadro da Gebalis foi feita também por indicação da vereadora e actual deputada do PSD, que tutelava a empresa, embora o contrato tenha sido assinado pela então presidente do conselho de administração, Eduarda Rosa.
Três meses depois de ter iniciado o seu contrato como prestador de serviços, Moita rescindiu “amigavelmente” o contrato, uma vez que tomou posse, a 23 de Maio, como vogal da administração da SRU Oriental. O currículo que apresentou à câmara, aquando da aprovação da sua nomeação para a SRU, primeiro em 2005 e depois em 2006, após as últimas eleições, omite, todavia, a sua qualidade de funcionário da Gebalis.
Contactado pelo Público, garantiu que “nada de ilegal foi feito” e explicou que a avença foi paga durante três meses com uma decisão da vereadora. “Fui para a Gebalis para tratar do Bairro Padre Cruz, mas ela pediu-me para continuar a ajudá-la no gabinete e disse-me: vamos arranjar uma compensação.” E concluiu: “saiu-me praticamente do pêlo, nesses três meses praticamente não vi as minhas filhas.”
José António Cerejo
In Público, 22.03.2007
2 comentários:
Esta notícia só conta uma parte. A GEBALIS tem muito mais que se diga. É um feudo da secção do PSD de Benfica. O vereador Lipari Pinto tem lá as suas tropas. Este ataque que montou é só para tomar conta do que falta: a administração. O presidente da junta de S. Domingos de Benfica e o de Benfica lá estão. Investiguel. É tudo muito complicado
Caro amigo,que legitimidade tem o PSD para reclamar da lei das Finanças Locais quando vem a lume estes escandalos,e ainda é só o principio.
Um abraço.
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