terça-feira, 6 de março de 2007

Lisboa e Imigração

Segundo a Lusa, hoje, o Primeiro-Ministro, José Sócrates, realçou a importância da imigração para a Europa, considerando que se trata de um pilar de apoio para a Europa Ocidental. "É inegável a importância da imigração para a sustentabilidade da economia europeia", disse José Sócrates.

Disse, ainda, que as migrações "não são fenómeno do nosso tempo, nem uma novidade histórica", mas defendeu ser "desejável e possível regular os movimento migratórios". É necessário, disse Sócrates, "controlar as fronteiras para que os dispositivos de acolhimento funcionem bem", definindo "limites qualitativos e quantitativos" para a entrada de imigrantes.

O Primeiro-Ministro destacou, igualmente, que a imigração é um "tema central da agenda política europeia", numa altura em que Portugal se prepara para assumir a presidência rotativa da UE na segunda metade deste ano. De resto, o líder governamental defendeu uma perspectiva "optimista, positiva e aberta" sobre o tema imigração.

Estas declarações foram proferidas na Conferência Internacional "Imigração: Oportunidade ou Ameaça?" – evento que é o culminar do Fórum Gulbenkian Imigração, que desde 2006 vem realizando uma série de debates e iniciativas públicas e, de acordo com o presidente da Fundação, Rui Vilar, já reuniu mais de uma centena de especialistas nacionais e estrangeiros em mais de duas dezenas de sessões de trabalho.

Também para Lisboa os imigrantes são, hoje, um factor de sustentabilidade. Só não vê quem não quer. Aliás, dão um contributo decisivo para diminuir, um pouco, a desertificação da cidade. Mas têm sido ignorados por esta maioria.

Não só por este factor de sustentabilidade, mas também, é tempo de Lisboa ter uma verdadeira política de acolhimento e integração em todas as suas vertentes mas com especial destaque para as dimensões sociais, culturais e económicas. Do mesmo modo, a cooperação com as cidades dos países lusófonos tem de ser uma prioridade muito mais forte do que tem sido, para o PSD, nos últimos cinco anos.

Também aqui, Lisboa tem de “puxar pelo país”!
Também aqui, é preciso um novo rumo e um novo projecto!

Rui Paulo Figueiredo

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