quarta-feira, 14 de março de 2007

A avenida sem árvores

Há avenidas em Lisboa sem árvores. Avenidas recentemente traçadas e feitas num tempo em que já deveria existir uma consciência ambiental e cívica que impusesse, desde o primeiro dia, a previsão e execução de espaços verdes.
A Av. José Malhoa, em Lisboa, não tem mais de 20/30 anos. Foi aberta para ligar o Bairro Azul a Sete Rios e nela foi autorizada a edificação de grandes prédios de escritórios e hotéis.
Estranhamente… nem uma árvore. Nem uma, para amostra, foi para aí prevista. Ou posta. A rua tem três ou quatro árvores nos logradouros dos prédios, plantadas pelos hotéis, e nada mais.
Perguntámos à Câmara porque razão a tal avenida não tinha árvores. Não respondeu.
Perguntámos se vai ter. Respondeu a dizer que um dia… quando o plano de arborização em elaboração for executado. O que em linguagem camarária significa para as calendas gregas.
Não se acredita.
Como se não fosse importante que uma avenida se pareça como uma avenida; que tenha sombra; que tenha zonas de lazer à sua sombra; que se torne esteticamente mais interessante (se tal é possível); que contribua para melhorar o ar na cidade… e para reduzir o CO2.


Dr. Barros Figueiredo
In 24 Horas, 13.03.2007

1 comentário:

Anónimo disse...

Quantos anos dos 30 foi o PS o gestor da CML?
Mas mais vale tarde do que nunca.