Câmaras municipais fortemente endividadas criaram empresas para albergar gestores pagos a peso de ouro
Os gestores municipais são nomeados sem critério, não fazem declaração de rendimentos e, em muitos casos, recebem muito mais do que o permitido por lei. Para além disso, beneficiam de regalias, como cartões de crédito e telecomunicações, sem que tal esteja previsto na lei.
Estas são algumas das conclusões de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas (TC) aos vencimentos e remunerações acessórias dos administradores (relativos ao ano de 2004) de 31 empresas municipais de todo o País.
Muitos destes gestores estão em empresas municipais criadas por municípios totalmente endividados. É o caso, por exemplo, da Câmara de Lisboa, que segundo a Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) possui um grau de endividamento de 362 por cento, a autarquia do Porto está endividada em 154 por cento e Vila Nova de Gaia (151 por cento) ou Loures tem 131 por cento de endividamento.
Raquel Oliveira
In Correio da Manhã, 24.03.2007
Esta noticia, confirma a pertinência da proposta apresentada pelo grupo de vereadores do Partido Socialista, e que dá tínhamos dado eco aqui, dado que a delicada situação financeira da CML, torna imprescindível uma análise à totalidade do sector empresarial do município lisboeta.
HG
Os gestores municipais são nomeados sem critério, não fazem declaração de rendimentos e, em muitos casos, recebem muito mais do que o permitido por lei. Para além disso, beneficiam de regalias, como cartões de crédito e telecomunicações, sem que tal esteja previsto na lei.
Estas são algumas das conclusões de uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas (TC) aos vencimentos e remunerações acessórias dos administradores (relativos ao ano de 2004) de 31 empresas municipais de todo o País.
Muitos destes gestores estão em empresas municipais criadas por municípios totalmente endividados. É o caso, por exemplo, da Câmara de Lisboa, que segundo a Direcção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) possui um grau de endividamento de 362 por cento, a autarquia do Porto está endividada em 154 por cento e Vila Nova de Gaia (151 por cento) ou Loures tem 131 por cento de endividamento.
Raquel Oliveira
In Correio da Manhã, 24.03.2007
Esta noticia, confirma a pertinência da proposta apresentada pelo grupo de vereadores do Partido Socialista, e que dá tínhamos dado eco aqui, dado que a delicada situação financeira da CML, torna imprescindível uma análise à totalidade do sector empresarial do município lisboeta.
HG
4 comentários:
Mas esta novidade, no fundo, já não é novidade para ninguém. Já era sabido que não podendo manter os ditos gestores nos locais onde estavam, a autarquia tinha que fazer alguma coisa com eles. Certamente não os ía atirar pela janela, nem sequer os conseguia fazer desaparecer para dentro de uma cartola. Então surgiu a ideia: ilusionismo, disfarce, areia para os olhos dos municipes e não só... Pega-se no gestores, coloca-se os ditos cujos numa empresa municipal, mantem-se o salário e todos ficam contentes! Parecia a solução perfeita, quase um milagre, mas o facto é que aqui ninguém anda a dormir e como tal, cá está a verdade, tal e qual o azeite, a vir ao de cima.
E milionários em empresas participadas pelo Estado, como a Galp e a REN e indicados pelo accionista Estado?
"E milionários em empresas participadas pelo Estado, como a Galp e a REN e indicados pelo accionista Estado?"
1- uma coisa não justifica a outra.
2- é um problema que é transversal a todos os governos e a todos os partidos que ocuparam a cadeira do poder.
Boa Boa, já viram a notícia da reforma do Presidente da RTP??????
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