segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Referendo sobre IVG: inequivocamente SIM!

O resultado do referendo de ontem, pelo qual eu me congratulo, revela antes de mais, a inequívoca vontade dos portugueses, em alterar a presente lei, por dois grandes motivos: Em primeiro lugar, os portugueses votaram contra a criminalização da mulher. Votaram em consciência, não querendo ser cúmplices de mulheres na prisão por causa de uma lei, ética e socialmente desadequada da realidade portuguesa.
Em segundo lugar, votaram com esperança que ocorra inversão nas estatísticas do aborto clandestino, e das suas sequelas, tão amplamente debatidas durante o debate que antecedeu o dia de ontem.

Após a expressão clara da posição dos portugueses, que vincula politicamente a decisão parlamentar, saúdo todos os portugueses e portuguesas, pela maturidade política e bom-senso na sua escolha, e sobretudo os Lisboetas, que votaram esmagadoramente (76,52%) no SIM.

Acredito, que o dia 11 de Fevereiro, será recordado no futuro, como o dia em que os portugueses demonstraram que pretendem uma sociedade mais justa e tolerante, que respeita as mulheres e as suas opções.


Rui Paulo Figueiredo

3 comentários:

JCA disse...

Caro amigo,também eu saudo a vitória do sim nesta batalha contra o aborto clandestino e esta lei injusta para com as mulheres,registei igualmente com alguma preocupação a baixa participação civíca dos portugueses o que me leva a pensar e a a interrogar-me se os politicos tem feito tudo realmente para a educação civica dos eleitores?
Um abraço.

luis sa disse...

O Sim ganhou com clareza. Resta agora a quem de direito, legislar rapidamente. Gostaria apenas de salientar uma coisa. Pelo que sei o PSD não tomou posição relativamente à despenalização da IVG. Porque raio o Presidente do seu partido falou ao país na noite de ontem?
Deixo esta pergunta no ar!

Anónimo disse...

Na sequência de um outro post que já deixei sobre esta mesma temática, resta-me partilhar, com todos os que lutaram por esta vitória do SIM, a grande alegria que sinto.
Ganhámos um país mais justo, sem dúvida, mais humano e mais solidários mas, spobretudo, evoluímos da postura do faz de conta para a de um Estado Nação cuja população encara os seus 'dramas' sociais de frente. Estamos todos de parabéns.