Declaração do Deputado Municipal Hugo Lobo, eleito pelo Partido Socialista, proferida na Assembleia Municipal de Lisboa do dia 6 de Fevereiro de 2007.
Sr.ª Presidente da Assembleia Municipal,
Sr. Presidente da Câmara Municipal,
Senhores Vereadores,
Senhores Deputados Municipais,
A crise política em que se encontra presentemente a actual maioria PSD vem somar-se à gravíssima situação financeira da autarquia.
Se já de si seria um exercício complexo e pleno de riscos, a prossecução da actividade deste executivo num quadro de estabilidade política com a situação financeira que todos conhecemos, que dizer do quadro gravoso que nos é agora apresentado?
Enquanto eleito do Partido Socialista, membro desta Assembleia Municipal, tenho a obrigação de chamar a atenção, uma vez mais, como o têm feito repetidamente outros membros da bancada do PS, designadamente os meus camaradas Miguel Coelho e Marta Rebelo, para a gravíssima situação financeira da autarquia.
E não é só o Partido Socialista que o afirma. Não são só as forças da oposição nesta Assembleia que repetidamente o têm afirmado.
São deputados municipais eleitos na lista do PSD que, nomeadamente na Comissão de Finanças têm também suscitado preocupação e reservas com o Estado das Finanças da autarquia.
Preocupa-nos Senhor Presidente, o endividamento global da Câmara que ronda os mil milhões de euros e que aumenta de forma galopante desde que o PSD assumiu os destinos da autarquia.
Preocupa-nos Senhor Presidente, o montante de 400 milhões de euros de dívidas de curto prazo (dados de 2005), que augura mais um ano perdido para a cidade de Lisboa.
Preocupa-nos Senhor Presidente, senhores deputados municipais, a existência de mais um orçamento que, tal como o anterior, assenta fortemente, pelo lado da receita, em alienações de património e operações de permuta. Que tal como em 2006 não se realizaram, nada garante que em 2007 o venham a ser.
Preocupa-nos e entristece-nos senhor Presidente que, a exemplo do que sucedeu no ano anterior, nos venhamos a deparar com uma taxa de execução orçamental francamente aquém do que a cidade de Lisboa precisa e merece.
A redução, em 2 anos, para cerca de metade, da fatia do orçamento dedicada à área da Acção Social, é uma demonstração inequívoca da falta de sensibilidade social deste Executivo e desta maioria.
Senhor Presidente, senhores Deputados Municipais,
Com a situação financeira caótica em que se encontra a nossa cidade e com a instabilidade política incontrolável criada apenas, e tão só, por esta maioria, é Lisboa e são os Lisboetas que pagam a factura de tamanha trapalhada. Sim, trapalhada, senhores deputados. Para aqueles (Srs. Deputados) que pensariam que este termo estaria afastado do "léxico municipal", temo bem que o mesmo venha a ser utilizado bastas vezes, assim se mantenham o PSD e esta maioria no poder.
Hugo Lobo
Sr. Presidente da Câmara Municipal,
Senhores Vereadores,
Senhores Deputados Municipais,
A crise política em que se encontra presentemente a actual maioria PSD vem somar-se à gravíssima situação financeira da autarquia.
Se já de si seria um exercício complexo e pleno de riscos, a prossecução da actividade deste executivo num quadro de estabilidade política com a situação financeira que todos conhecemos, que dizer do quadro gravoso que nos é agora apresentado?
Enquanto eleito do Partido Socialista, membro desta Assembleia Municipal, tenho a obrigação de chamar a atenção, uma vez mais, como o têm feito repetidamente outros membros da bancada do PS, designadamente os meus camaradas Miguel Coelho e Marta Rebelo, para a gravíssima situação financeira da autarquia.
E não é só o Partido Socialista que o afirma. Não são só as forças da oposição nesta Assembleia que repetidamente o têm afirmado.
São deputados municipais eleitos na lista do PSD que, nomeadamente na Comissão de Finanças têm também suscitado preocupação e reservas com o Estado das Finanças da autarquia.
Preocupa-nos Senhor Presidente, o endividamento global da Câmara que ronda os mil milhões de euros e que aumenta de forma galopante desde que o PSD assumiu os destinos da autarquia.
Preocupa-nos Senhor Presidente, o montante de 400 milhões de euros de dívidas de curto prazo (dados de 2005), que augura mais um ano perdido para a cidade de Lisboa.
Preocupa-nos Senhor Presidente, senhores deputados municipais, a existência de mais um orçamento que, tal como o anterior, assenta fortemente, pelo lado da receita, em alienações de património e operações de permuta. Que tal como em 2006 não se realizaram, nada garante que em 2007 o venham a ser.
Preocupa-nos e entristece-nos senhor Presidente que, a exemplo do que sucedeu no ano anterior, nos venhamos a deparar com uma taxa de execução orçamental francamente aquém do que a cidade de Lisboa precisa e merece.
A redução, em 2 anos, para cerca de metade, da fatia do orçamento dedicada à área da Acção Social, é uma demonstração inequívoca da falta de sensibilidade social deste Executivo e desta maioria.
Senhor Presidente, senhores Deputados Municipais,
Com a situação financeira caótica em que se encontra a nossa cidade e com a instabilidade política incontrolável criada apenas, e tão só, por esta maioria, é Lisboa e são os Lisboetas que pagam a factura de tamanha trapalhada. Sim, trapalhada, senhores deputados. Para aqueles (Srs. Deputados) que pensariam que este termo estaria afastado do "léxico municipal", temo bem que o mesmo venha a ser utilizado bastas vezes, assim se mantenham o PSD e esta maioria no poder.
Hugo Lobo
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