quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Muita água ainda vai correr por baixo deste moinho…

A última reunião da AML, e em especial a intervenção polémica e desmesurada de Carmona Rodrigues, continua a ter eco na comunicação social, sendo que hoje é dado especial relevo às reacções provenientes das forças políticas da oposição.

O
Jornal de Notícias destaca em grande título que “Estalou o verniz entre a maioria PSD e Oposição”, dado que a intervenção do presidente da CML na passada terça-feira, “fez a oposição perder a paciência”.
Segundo o JN, Dias Baptista, vereador do PS, afirmou que “a Oposição estará disponível para dar voz ao eleitorado”, e em declarações ao Diário Económico, afirmou que “a postura arrogante de Carmona Rodrigues, indicia que estamos a caminho de eleições”, pelo que esta postura, põe em causa “a calma e o consenso pedidos por Carmona à oposição”.

Miguel Coelho, Presidente da estrutura concelhia de Lisboa do PS, em entrevista à revista Visão, fez um ultimato a Carmona, deixando claro que se até dia 27 de Fevereiro o PSD não apresentar soluções de governabilidade (a saber: plano de amortização de dívidas e uma definição clara dos investimentos municipais até ao fim do mandato), o PS pedirá eleições. Questionado sobre possíveis candidatos, recusou-se a responder, não querendo alimentar especulações. Miguel Coelho, revelou ainda qual o modelo de gestão que preconiza para a cidade de Lisboa, uma cópia do modelo catalão, dividindo a cidade em cinco ou seis distritos, com um vereador responsável por cada uma dessas zonas, sendo que o Presidente da Câmara ficaria como coordenador, modelo esse que foi adoptado no Programa Eleitoral apresentado por Manuel Maria Carrilho nas últimas eleições autárquicas.

É óbvio, inclusive aos olhos dos mais desatentos, que Carmona Rodrigues é um Presidente da CML com pouco espaço de manobra, e que se encontra a prazo. Sabe-o a oposição, mas também o sabe o seu próprio partido, ou melhor, o partido que o “apadrinhou”, dado que Carmona é, nas palavras do próprio “um independente, um neo-político, um político não profissional”. E o PSD não quer perder a CML, pois isto significaria que era o próprio Marques Mendes que seria colocado em causa, dado que a escolha de Carmona em detrimento de Santana, foi sua.

Não são de estranhar por isso as últimas intervenções da Vereadora Marina Ferreira, esta sim militante do PSD, que num debate entre todas as forças políticas no Rádio Clube Português, negou (!) a existência de instabilidade na autarquia, tendo afirmado que “com ou sem pacto (de governabilidade), o PSD tem condições para levar o mandato até ao fim”. De que forma, ainda não sabemos, mas é a própria Marina Ferreira que levanta a ponta do véu, ao responder, à questão se poderia vir a suceder a Carmona na presidência da Câmara, dado que é a terceira nas listas do PSD, que “o nosso ordenamento jurídico autárquico prevê a substituição nas listas”…

Marina Ferreira, que representou a Câmara de Lisboa neste debate ocorrido no RCP, deu mais um contributo para a (inexistente) instabilidade da CML, ao afirmar que “o lixo e os espaços públicos são áreas onde nem tudo corre bem em Lisboa”. Se tivermos em conta que estas são áreas tuteladas pelos seus colegas Vereadores Pedro Feist e António Proa, temos uma boa noção da (inexistente) instabilidade na CML…
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. HG

1 comentário:

Anónimo disse...

mas que amigos que eles são... a veradora marina já encostou a Gabriela, está quase a conseguir o Fontão de Carvalho, entretanto trata do Proa e do Pedro Feist. É preciso lata...