“Em teoria, que neste caso se transporta para a realidade de uma forma irrebatível, a CML, na sua actual composição, e perante a sucessão - ainda inicial - de danos irreparáveis e incontroláveis (por razões fáceis de explicar), está condenada a terminar o seu mandato num tempo relativamente curto, e sem glória. Basta olhar para cinco factores:
1. A suspensão de mandato de dois vereadores, sendo um deles o vice-presidente, ocorre no pior momento político para o executivo camarário, que ainda nada tem para mostrar, nem um caminho muito certo na sua estratégia, estando reduzido a um controlo de danos diários, sem efeito nem consequências. Por muito que o PSD ainda ache que Carmona e os seus vereadores se devem manter a funcionar, a verdade é que esse desejo não coincide com a realidade, e a tendência não é para que tudo se resolva rapidamente, ou que estes assuntos "morram" por aqui, mesmo que no final tudo fique esclarecido e sem problemas para ninguém. A política não tem o prazo da justiça, e esse andamento desfasado acabará por ditar a inoperância funcional e a impossibilidade de se governar a maior autarquia do País. Pensar o contrário, embora legítimo, já não favorece ninguém, em especial os lisboetas, que tenderão a castigar fortemente o PSD, em futuras eleições, se este persistir, para além do razoável, nesta linha de resistência. Muitas vezes, para se ganhar, é preciso recuar. (…)”
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Luís Delgado
Diário de Notícias, 19.02.2007
1. A suspensão de mandato de dois vereadores, sendo um deles o vice-presidente, ocorre no pior momento político para o executivo camarário, que ainda nada tem para mostrar, nem um caminho muito certo na sua estratégia, estando reduzido a um controlo de danos diários, sem efeito nem consequências. Por muito que o PSD ainda ache que Carmona e os seus vereadores se devem manter a funcionar, a verdade é que esse desejo não coincide com a realidade, e a tendência não é para que tudo se resolva rapidamente, ou que estes assuntos "morram" por aqui, mesmo que no final tudo fique esclarecido e sem problemas para ninguém. A política não tem o prazo da justiça, e esse andamento desfasado acabará por ditar a inoperância funcional e a impossibilidade de se governar a maior autarquia do País. Pensar o contrário, embora legítimo, já não favorece ninguém, em especial os lisboetas, que tenderão a castigar fortemente o PSD, em futuras eleições, se este persistir, para além do razoável, nesta linha de resistência. Muitas vezes, para se ganhar, é preciso recuar. (…)”
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Luís Delgado
Diário de Notícias, 19.02.2007
3 comentários:
Vamos lá saber porque razão o PSD e MM não quer eleições antecipadas,e a presidente da AML tenta inverter o onus tentando passar a responsabilidade para a oposição?
Porque vem de um comentador insuspeito...o texto é para levar a sério...
Insuspeito não. O comentador apoiava o candidato não escolhido......PSL.
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