"Em Outubro de 2005 a maioria dos lisboetas votou no PPD pensando que este partido apresentava as melhores propostas e os melhores protagonistas.
As urnas são soberanas. Mesmo quando não apreciamos o resultado, devemos respeitar. A democracia não é boa só quando gostamos do veredicto das urnas.
Um ano e meio depois, sensivelmente, seguramente que muitos dos que votaram no PPD, no candidato e actual edil, devem estar descontentes, não tanto com a escolha que fizeram, por que o fizeram tendo em consideração o melhor, mas com a situação da cidade.
Penso que se tivermos uma atitude construtiva, e nem sempre a temos, sabemos que as pessoas escolhem o melhor ou, numa concepção pessimista, o menor dos males.
Lamentavelmente, Lisboa encontra-se numa situação sem paralelo e este estado da cidade não deve agradar a muitas pessoas que votaram e/ou são militantes do PPD, como a todos aqueles que gostam da cidade e querem o melhor para Lisboa.
É deplorável que o PPD, dirigentes nacionais e federativos, não esteja à altura da envergadura e princípios políticos do grande partido político que é e não queira colocar um ponto final nesta situação insustentável.
Como quem devia ser o responsável primeiro prefere assumir uma atitude irresponsável, e com isso prejudicar Lisboa, compete à oposição zelar pelo futuro da cidade. Sem quaisquer ondas de protagonismos, deste ou daquele partido, mas com o único interesse do bem da cidade, deve demitir-se em bloco.
Se o PPD quiser, com isso, demonstrar, procurar provar junto dos munícipes, que a oposição - com a sua demissão em bloco - na Câmara não a deixa governar, terá, na soberania da escolha dos lisboetas, a resposta. O voto é soberano e inequívoco.
Lisboa merece, precisa de melhor."
CMC
Sem comentários:
Enviar um comentário