A janela está a fechar-se!

Lisboa é, neste momento, uma cidade imobilizada. A actual maioria que governa a CML não tem rumo, projecto ou obra. Criou esta situação política e não sabe como sair dela.

Não basta dizer que se tem condições para governar. Importa não deixar a cidade à deriva, em mera gestão corrente e sem qualquer projecto estrutural.

Era necessário ter apresentado aos lisboetas um rumo estratégico que pudesse ter permitido “salvar a cidade” do “desastre” que tem sido este mandato e que ameaça perdurar. Um rumo consubstanciado nos seguintes pontos:

a) Um Plano estruturado e consolidado para redução do crescente endividamento da CML;
b) Uma estratégia, complementar desse Plano, para reestruturação de todo o sector empresarial do município a par de uma reformulação da orgânica da Câmara de modo a melhorar a eficiência dos serviços prestados aos cidadãos de Lisboa a par de, também por esta via, se reduzir a despesa corrente do município;
c) Uma melhoria significativa de todos os procedimentos conexos com o acesso, em tempo útil, à informação por parte dos Vereadores da oposição nomeadamente em matéria de urbanismo; e,
d) A disponibilidade para um exaustivo, completo e cabal esclarecimento, de tudo o que houver para esclarecer, nos assuntos Parque Mayer, Vale de Santo António, Alcântara Rio, Infante Santo, entre outros.

O tempo decorrido nas últimas duas semanas foi como uma “janela de oportunidade” que se apresentou ao Presidente Carmona Rodrigues e à sua maioria para que tivessem apresentado à oposição e à cidade esse rumo estratégico.

Até à data nada foi feito nesse sentido. Continua a CML em mera gestão corrente e com os problemas a agravarem-se. E não me parece que algo de significativo que impeça a degradação da situação vá ser apresentado a curto prazo.

Significa então que esta “janela de oportunidade” está a fechar-se e que é preciso pensar em Lisboa e nos lisboetas.

E, “fechada a janela”, só restará a solução das eleições intercalares.

Rui Paulo Figueiredo