sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Ainda não chega?

Num texto anterior já tinha referido que começava a ser tempo do trio Carmona/Mendes/Cruz ser responsabilizado pela actual gestão da cidade. E questionei: “será que ainda teremos de bater mais no fundo?”

Parece que hoje se confirmou que para esta maioria há sempre tempo para descer ainda mais um pouco.

Para o que se assistiu nas últimas horas só posso ter uma palavra: Descrédito!

Primeiro, com a cumplicidade política de Marques Mendes e de Paula Teixeira da Cruz e, agora, com o seu silêncio, Carmona e companhia, lá se vão tentando aguentar. Sem pensar em Lisboa e nos lisboetas, mas sim na manutenção dos lugares e do poder pelo poder.

Quero crer que amanhã Marques Mendes e Paula Teixeira da Cruz vão ter de quebrar o silêncio e assumir as suas responsabilidades. Mas não poderão nunca negar as suas culpas em toda esta situação.

Hoje, depois do que assisti, e da omissão que perdurou por parte de todos os envolvidos, só posso dizer que será lamentável se os membros da maioria pensarem em continuar em funções.

Seria o descrédito total e absoluto.

Carmona Rodrigues já não tem condições para continuar a governar a cidade.

É tempo de devolver a palavra aos lisboetas. É tempo de eleições intercalares.
Ou será que ainda não chega?


Rui Paulo Figueiredo

5 comentários:

Anónimo disse...

Não, não chega, o estertor da Câmara Muncipal de Lisboa segue dentro de momentos.
Segundo o JN de hoje, "O PSD mantém a confiança política na actual equipa da Câmara de Lisboa e não quer a saída de Fontão de Carvalho. Fonte da Direcção social-democrata adiantou ao JN que Marques Mendes considera que a acusação ao vice-presidente da Câmara não justifica a suspensão do seu mandato, sendo "muito diferente" da suspeição que recai sobre a ex-vereadora, Gabriela Seara."
Este episódio com Fontão de Carvalho deve ser mais uma excepção que confirma a regra auto-imposta por Marques Mendes aos autarcas do PSD, à semelhança de Isabel Damasceno.
Os cidadãos de Lisboa não compreenderão como se pode estar tão agarrado à cadeira de um poder que se esboroa de minuto a minuto com a direcção nacional do PSD a assistir impávida e serena.

Anónimo disse...

É incrível como od dirigentes nacionais do PSD, tão lestos a opinar em seara alheia, se matêm impávidos, serenos e mudos, neste autentico folhetim de literatura de cordel.
A gestão da cidade está descredebilizada e isso sente-se nas mais pequenas coisas do dia a dia citadino.Os funcionários camarários andam desanimados, como qualquer um de nós andaria com um panorama destes.
Para mim já não se trata de casos de justiça...mas de decência.

JCA disse...

Caro amigo,fiquei espantado com a posição do Prof.Carmona agora mesmo nos telejornais quando lhe foi perguntado se não era um contra-senso do direcção nacional do PSD quando condenava autarcas com processos idênticos na justiça, e agora o silêncio.Carmona respondeu que eram situações diferentes,acredito,umas são no norte do país e outra no sul,problemas de expressão,é o que é.
Um abraço

Anónimo disse...

Ai Rui Rui, é impressão minha ou a Concelhia do seu partido, é a menos interessada em que haja eleições intercalares?
Eu leio as intervenções do seu líder, Miguel Coelho e do seu braço direito Dias Baptista, e cheira-me que estes não estão muito interessados em eleições intercalares...medo que o joão soares seja candidato e se lembre do que lhe fizeram? medo que os poisos adquiridos caiam?
Rui, não se envolva nestas disputazinhas, não se misture com estes "politicos".

Gustavo Gouveia disse...

A verdade é que há demasiados politicos que não sabem para que serve a politica. E não é decertesa para fazer a vida, e manter lugares...
Ao anónimo devo dizer que se engana: a opinião do blogista e camarada Rui Paulo é e deve ser independente da de outros camaradas de partido, sejam eles quais forem.
Nem toda a gente do PS é aparelhista, sabiam?