“A câmara está ingovernável”, disse à FOCUS um representante de uma junta de freguesia de Lisboa afecto ao PSD. A actual situação caracteriza-se por uma paralisia dos serviços e, quem conhece o funcionamento de uma autarquia por perto, sabe bem que para além de ter de controlar despesas, uma câmara que não funciona também não é capaz de gerar receitas. Conclusão: por cada dia sem uma solução política que traga alguma estabilidade, Lisboa fica mais pobre.
In Focus, 28.02.2007
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2 comentários:
Antes demais parabéns pelo blog.
O que é que ainda terá de acontecer na Câmara de Lisboa antes de ser dada a oportunidade aos lisboetas de votar um novo executivo que governe efectivamente a cidade?
Quando nem sequer o próprio PSD se entende, quando o seu próprio líder interfere de forma escandalosa na nomeação "empenhada" de boys (and girls) para cargos públicos camarários, quando até os seus próprios autarcas viram a face, quando se esgotam as linhas gastas da promessa em que já ninguém acredita, nem mesmo quem as profere... Pergunto eu, o que faltará ainda para que a indignação alcance os píncaros insuportáveis da dormência do principal concelho do nosso país?
Inalterável e paralizada continua a posição do presidente Carmona, que jaz agarrado à sua cadeira como se tivesse sido olhado pela própria Medusa. A caixa de Pandora foi aberta e agora não há cadeado que se lhe possa colocar. A demissão e o luto político são necessários e honram aqueles que assumem as suas responsabilidades em momentos como estes.
Será igualmente grave e pesado o legado que ficará a quem suceder este executivo. Os problemas da governação são essencialmente os mesmos, a própria economia é uma ciência e não algo passível de "opinião" partidária. Perante uma situação da dificuldade como esta que se apresenta, a diferença é realizada pela força, dinâmica e integridade de quem lídera e sabe para onde quer ir. É disso que a nossa cidade precisa agora. É isso que nós, lisboetas, neste momento exigimos.
Marisa Cruz
Eu diria que Lisboa não fica apenas mais pobre financeiramente em termos de diferencial entre receitas e despesas, tal é bastante redutor. Acho que há aqui muita matéria a explorar em termos de 'empobrecimento' da Autarquia e da Cidade. Qui çá num novo post... Aqui fica a sugestão!
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