quinta-feira, 3 de maio de 2007

A luz do túnel

Entendo que dificilmente o PSD teria opção diferente daquela que assumiu hoje.
Mas agora que Marques Mendes reafirmou a sua coerência relativamente às directivas que determinou no processo eleitoral autárquico (à excepção de Leiria) ficam por explicar algumas questões como:

- O que é que mudou para que Marques Mendes tivesse tomado esta atitude hoje? Não deveria ter esperado até que Carmona Rodrigues fosse pronunciado como arguido?

- Não deveria ter sido o eleito presidente da CML a tomar a iniciativa? Bem sei que a demissão de Carmona Rodrigues não faria cair o executivo, porque o seu lugar poderia ser ocupado pelo seguinte da lista. Mas não seria esse o tempo apropriado para que o PSD desse orientações aos seus eleitos em Lisboa?

- Tudo leva a crer, pelas declarações de hoje, que as intercalares serão somente para o executivo. Dadas as razões políticas apresentadas pelo Presidente do PSD de onde ressaem as relacionadas com a necessidade de criar condições políticas para governar Lisboa, não deveria ter igualmente anunciado eleições para a Assembleia Municipal, uma vez que a maioria detida pelo PSD na AML é, logo à partida, um factor de instabilidade caso as eleições para o executivo sejam ganhas por qualquer outra força política?

De todo este imbróglio não se vê qualquer luz ao fundo do túnel.
Os lisboetas ainda vão ter muito que penar.

LNT
In Tugir, 03.05.2007

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